FOTO: Cena do filme "Minhas Mães e Meu Pai"
Com a multiplicação dos modelos familiares no Brasil e no mundo, é normal que aconteça algumas gafes em cerimoniais de Eventos Sociais a exemplo da valsa dos 15 anos, o que fazer se a família é formada por 2 mães ?
Bem, não é uma coisa muito fácil de resolver, pq vai depender de diversos fatores inclusive uma sensibilidade sobre o assunto homossexualidade.
Porém a jornalista, empresária e consultora de moda Gloria Kalil, super bem conceituada e chique, ao tentar ajudar uma mãe, cometeu uma das piores gafes sobre o tema: Famílias LGBTs.
Em seu site, a Gloria Kalil alega ter recebido um e-mail de uma mãe pedindo ajuda a ela sobre essa questão: "Olá, Gloria. Gostaria que você me ajudasse em um problema pontual na nossa família. Tenho uma relação homoafetiva, duas filhas, sendo que uma delas vai fazer 15 anos. O problema é: vamos fazer uma festa muito bonita mas não sabemos como lidar com a questão da valsa. Na escola os colegas não sabem desse detalhe familiar, pois ela tem medo de sofrer preconceitos... Não terá os 15 pares, então queríamos saber como resolver, pois as duas mães gostariam de estar nesse momento."
RESP Gloria Kalil: “A dúvida dela é: quem dança a valsa dos pais com a menina já que a família é homoafetiva, composta por duas mulheres? "Na escola, nem todos sabem da formação familiar", diz ela. E nem têm que saber. Ninguém tem nada com isso, não é mesmo?
Por isso, o melhor é convidar o padrinho da garota ou um amigo da família para dançar, para que ela se sinta integrada no seu ambiente escolar. Nessa idade, tudo que as garotas querem é pertencer a um grupo e agir de acordo com ele. Cabe aos adultos fazerem pequenas concessões.
Beijos e meus votos de uma ótima festa para todas. [texto na integra]
Vamos tentar resolver esse “problema” de forma mais sensata possível.
O primeiro problema que rola nesse 15 anos, é a própria ACEITAÇÃO DA FAMÍLIA... já que a mesma relata que na escola os colegas da filha não sabem da relação homoafetiva das mães por ter medo de sofrer preconceitos ... Não seria isso um preconceito da filha com suas próprias mães?
Uma das mães relata no próprio e-mail que a relação homoafetiva é um problema pontual da família... Como assim problema pontual? Em fim, vamos ao evento.
O segundo problema esta na realização desse Aniversário de 15 Anos. A autora do e-mail relata que NÃO HAVERÁ OS 15 PARES ... isso por si já quebra um CERIMONIAL TRADICIONAL de 15 anos, sendo assim, passa a ser um Cerimonial Desabituado.
Gostaria de saber da autora do e-mail, qual será a solução para a abertura dos 15 anos no Inicio do Baile por exemplo? Onde em um Cerimonial Tradicional de 15 anos a Recepção é feita pelos pais ou somente pelo pai ... será que as duas mães fazendo essa parte, as mães acreditam que será vergonhoso para a filha aniversariante? E a Entrada da Joia à Debutante? Que tradicionalmente é entregue pelo pai ou avô, já que a aniversariante “não tem pai”, será que tem avô?
Lembro que esses dois itens (Inicio do Beile e a Entrega da Joia à Debutante) em um Cerimonial Tradicional vem antes da Valsa. Ou seja, se acharam solução para eles, naturalmente já tem a solução para a valsa... (acredito seriamente que esse e-mail seja falso, com a única intenção de criar polemica) Mais vamos seguir, já que prometi uma SOLUÇÃO SENSATA POSSÍVEL.
Primeiro a família, precisa ter uma conversa séria a respeita da própria aceitação e quebra de preconceitos. #fato. Segundo, como esta claro que não haverá os 15 pares (Cortejo de Honra) e sendo um CERIMONIAL DESABITUADO é aceitável possíveis modificações.
Algumas debutantes até dispensam a valsa. Tudo é possível para satisfazer os sonhos da debutante e sua família, criando um Cerimonial Despojado e Elegante ao mesmo tempo. Nada é tão padrão que não possa ficar mais com a cara e o gosto de todos.
A ideia seria realizar um FLASH MOB no lugar da Valsa. O coreografo estudaria a personalidade, preferências e gosto pessoal da aniversariante estabelecendo um estilo próprio e exclusivo para a apresentação, além das mães e debutante, seriam convidadas a participar da apresentação, as amigas, primas, tias ... em fim, todas as mulheres. Já pensou que legal e surpreendente seria para os convidados, uma apresentação de Flash Mob só com as garotas da festa?
Discordo com o reforço a HETERONORMA que a Gloria Kalil sugere em seu site/blog Chic, que diz: “o melhor é convidar o padrinho da garota ou um amigo da família para dançar, para que ela se sinta integrada no seu ambiente escolar.” Nessa declaração a Gloria Kalil reforça, acredito eu que sem querer, o preconceito que a filha tem com relação a suas 2 mães, focando apenas em um Cerimonial Tradicional, não lembrando que o mesmo já esta quebrado pelo não Cortejo de Honra (15 pares), e tantos outros protocolos que não sabemos se serão realizados ou não. Li também que tal “solução” encontrada pela Gloria Kalil é apenas uma *OPINIÃO DELA sobre o questionamento da mãe da debutante. Onde fica a responsabilidade social? Onde fica a cidadania? Questiono-me também, se o site/blog “CHIC GLORIA KALIL”, que afirma “trabalhar com pluralidade de informações”, titula o assunto como “Novos Tempos” e mesmo assim apoia que a família deva se manter na clandestinidade social quando relata: “E nem têm que saber. Ninguém tem nada com isso, não é mesmo?” diz a própria Gloria Kalil se referindo a uma afirmação negativa da mãe quando fala "Na escola, nem todos sabem da formação familiar"... Outra frase bastante “estranha” dita pela Gloria foi: “Nessa idade, tudo que as garotas querem é pertencer a um grupo e agir de acordo com ele. Cabe aos adultos fazerem pequenas concessões.” - Como assim fazerem parte de um grupo, que grupo é esse? Agir de acordo?? Cabe aos adultos fazerem “pequenas” concessões???? Será que esse texto se encaixa ao caso das mães homoafetiva? Eu pergunto será que é Chic, viver na clandestinidade, realizar eventos sociais familiares na mentira e falsidade? – não seria muito melhor apenas inovar? Observe que em momento algum na minha solução sensata, eu sugeri que as mães ou as filhas levantem bandeira LGBT, na escola, por exemplo, até porque o nosso Governo, não protege os homossexuais como a CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA ... Sei que o medo de assumir existe, mas não há necessidade de ficar atuando. Só digo uma coisa: O site/Blog Gloria Kalil, não é militante gay e nem homofóbico. É SIM DESELEGANTE!!! DESINFORMADO E DESATUALIZADO COM RELAÇÃO AOS NOVOS TEMPOS!!! Que deselegante Gloria Kalil!
*OPINIÃO na Filosofia de Parmênides, é a ideia confusa acerca da realidade e que se opõe ao conhecimento verdadeiro. Assim, as análises baseadas em opiniões são bem distintas das ideias baseadas na observação metódica dos fatos.
O primeiro problema que rola nesse 15 anos, é a própria ACEITAÇÃO DA FAMÍLIA... já que a mesma relata que na escola os colegas da filha não sabem da relação homoafetiva das mães por ter medo de sofrer preconceitos ... Não seria isso um preconceito da filha com suas próprias mães?
Uma das mães relata no próprio e-mail que a relação homoafetiva é um problema pontual da família... Como assim problema pontual? Em fim, vamos ao evento.
O segundo problema esta na realização desse Aniversário de 15 Anos. A autora do e-mail relata que NÃO HAVERÁ OS 15 PARES ... isso por si já quebra um CERIMONIAL TRADICIONAL de 15 anos, sendo assim, passa a ser um Cerimonial Desabituado.
Gostaria de saber da autora do e-mail, qual será a solução para a abertura dos 15 anos no Inicio do Baile por exemplo? Onde em um Cerimonial Tradicional de 15 anos a Recepção é feita pelos pais ou somente pelo pai ... será que as duas mães fazendo essa parte, as mães acreditam que será vergonhoso para a filha aniversariante? E a Entrada da Joia à Debutante? Que tradicionalmente é entregue pelo pai ou avô, já que a aniversariante “não tem pai”, será que tem avô?
Valsa tradicional com o pai e debutante ao centro da pista de dança.
Lembro que esses dois itens (Inicio do Beile e a Entrega da Joia à Debutante) em um Cerimonial Tradicional vem antes da Valsa. Ou seja, se acharam solução para eles, naturalmente já tem a solução para a valsa... (acredito seriamente que esse e-mail seja falso, com a única intenção de criar polemica) Mais vamos seguir, já que prometi uma SOLUÇÃO SENSATA POSSÍVEL.
Primeiro a família, precisa ter uma conversa séria a respeita da própria aceitação e quebra de preconceitos. #fato. Segundo, como esta claro que não haverá os 15 pares (Cortejo de Honra) e sendo um CERIMONIAL DESABITUADO é aceitável possíveis modificações.
Algumas debutantes até dispensam a valsa. Tudo é possível para satisfazer os sonhos da debutante e sua família, criando um Cerimonial Despojado e Elegante ao mesmo tempo. Nada é tão padrão que não possa ficar mais com a cara e o gosto de todos.
A ideia seria realizar um FLASH MOB no lugar da Valsa. O coreografo estudaria a personalidade, preferências e gosto pessoal da aniversariante estabelecendo um estilo próprio e exclusivo para a apresentação, além das mães e debutante, seriam convidadas a participar da apresentação, as amigas, primas, tias ... em fim, todas as mulheres. Já pensou que legal e surpreendente seria para os convidados, uma apresentação de Flash Mob só com as garotas da festa?
Imagem de Flash Mob.
Discordo com o reforço a HETERONORMA que a Gloria Kalil sugere em seu site/blog Chic, que diz: “o melhor é convidar o padrinho da garota ou um amigo da família para dançar, para que ela se sinta integrada no seu ambiente escolar.” Nessa declaração a Gloria Kalil reforça, acredito eu que sem querer, o preconceito que a filha tem com relação a suas 2 mães, focando apenas em um Cerimonial Tradicional, não lembrando que o mesmo já esta quebrado pelo não Cortejo de Honra (15 pares), e tantos outros protocolos que não sabemos se serão realizados ou não. Li também que tal “solução” encontrada pela Gloria Kalil é apenas uma *OPINIÃO DELA sobre o questionamento da mãe da debutante. Onde fica a responsabilidade social? Onde fica a cidadania? Questiono-me também, se o site/blog “CHIC GLORIA KALIL”, que afirma “trabalhar com pluralidade de informações”, titula o assunto como “Novos Tempos” e mesmo assim apoia que a família deva se manter na clandestinidade social quando relata: “E nem têm que saber. Ninguém tem nada com isso, não é mesmo?” diz a própria Gloria Kalil se referindo a uma afirmação negativa da mãe quando fala "Na escola, nem todos sabem da formação familiar"... Outra frase bastante “estranha” dita pela Gloria foi: “Nessa idade, tudo que as garotas querem é pertencer a um grupo e agir de acordo com ele. Cabe aos adultos fazerem pequenas concessões.” - Como assim fazerem parte de um grupo, que grupo é esse? Agir de acordo?? Cabe aos adultos fazerem “pequenas” concessões???? Será que esse texto se encaixa ao caso das mães homoafetiva? Eu pergunto será que é Chic, viver na clandestinidade, realizar eventos sociais familiares na mentira e falsidade? – não seria muito melhor apenas inovar? Observe que em momento algum na minha solução sensata, eu sugeri que as mães ou as filhas levantem bandeira LGBT, na escola, por exemplo, até porque o nosso Governo, não protege os homossexuais como a CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA ... Sei que o medo de assumir existe, mas não há necessidade de ficar atuando. Só digo uma coisa: O site/Blog Gloria Kalil, não é militante gay e nem homofóbico. É SIM DESELEGANTE!!! DESINFORMADO E DESATUALIZADO COM RELAÇÃO AOS NOVOS TEMPOS!!! Que deselegante Gloria Kalil!
*OPINIÃO na Filosofia de Parmênides, é a ideia confusa acerca da realidade e que se opõe ao conhecimento verdadeiro. Assim, as análises baseadas em opiniões são bem distintas das ideias baseadas na observação metódica dos fatos.
